Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (15), um dia após a demissão do técnico Pedro Caixinha, o CEO do Santos, Pedro Martins, fez um diagnóstico duro sobre a atual situação do clube. Segundo ele, a queda para a Série B em 2023 foi consequência direta de má gestão, contratações equivocadas e instabilidade interna.
“Não estou aqui para lamentar, estou para falar de gestão. Por isso o time caiu para a 2ª divisão”, afirmou. Martins revelou que o clube teve que realizar 56 movimentações na última janela, muitas delas para corrigir contratos considerados ruins. Segundo ele, o Santos ainda paga várias rescisões de técnicos e jogadores.
Para o dirigente, o momento exige que o torcedor compreenda a realidade do clube: “O Santos precisa, pela primeira vez, lidar com a realidade. Não adianta prometer grandes nomes se isso não for sustentável. Precisamos reconstruir uma organização que possa vencer por 10, 15 anos.”
Apesar do início conturbado na Série B, Martins ressaltou a importância da chegada de Neymar ao projeto de reestruturação do clube. Segundo o CEO, o camisa 10 — junto com seu pai — teve papel fundamental na reaproximação com o mercado, atração de reforços e melhorias estruturais no CT Rei Pelé e na Vila Belmiro.
“O Neymar foi fundamental no processo de reconstrução de credibilidade. Ele está muito feliz com o projeto, mas sabemos que isso não anula a dura realidade que o clube enfrenta”, disse.
Com a saída de Caixinha, o auxiliar-fixo César Sampaio assume interinamente o comando do time, que volta a campo nesta quarta-feira (16) contra o Atlético-MG, na Vila Belmiro, pela 4ª rodada do Brasileirão.
