Durante a Semana Santa, o consumo de peixe cresce significativamente entre os brasileiros, motivado por tradições religiosas e pela percepção de que esse alimento é mais leve e saudável. No entanto, especialistas alertam: nem todo peixe é igual, e a forma de preparo pode fazer toda a diferença na sua saúde.
Segundo o nutricionista Thiago Freitas, especialista em saúde pública, o valor nutricional dos peixes pode ser comprometido por escolhas inadequadas — tanto na espécie escolhida quanto no modo de preparo e nos acompanhamentos do prato.
“É comum vermos versões empanadas, fritas ou industrializadas, com excesso de sódio e aditivos químicos. Essas opções anulam boa parte dos benefícios e podem causar inflamações, retenção de líquidos e até prejudicar o metabolismo da glicose”, explica o profissional.
Freitas recomenda dar preferência a preparações grelhadas, assadas ou cozidas, evitando molhos prontos. Peixes como sardinha, atum, salmão e cavalinha são ricos em ômega-3, essencial para a saúde cardiovascular e cerebral. Já espécies como tilápia, pescada e merluza, mais populares, são fontes magras de proteína, com menos gordura boa, mas ainda assim saudáveis quando preparadas corretamente.
Além disso, o prato deve ser balanceado com alimentos ricos em fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis, como legumes no vapor, folhas cruas, azeite de oliva e carboidratos complexos, como batata-doce ou arroz integral.
Por fim, o especialista reforça que é totalmente possível unir tradição e ciência na escolha do cardápio da Semana Santa: “Manter o simbolismo religioso não exclui a responsabilidade com a saúde. Basta atenção aos detalhes.”
